Legislação e normas para condomínios: conheça as principais
Você já conhece a legislação e normas para condomínios? Este é um assunto que merece bastante atenção, pois várias mudanças foram feitas desde que a primeira lei foi promulgada.
Atualmente, o Brasil não define um modelo específico para a legislação condominial, mas sim um conjunto de leis que podem ser aplicadas na gestão destes ambientes.
Neste artigo, nós separamos as principais para que você possa ficar de olho. Confira!
Qual legislação é aplicada em condomínios?
Além das próprias leis internas do condomínio, como os regimentos internos, existem algumas legislações que são aplicáveis tanto na gestão quanto no convívio entre moradores. Confira.
A Lei nº 4.591/64
A Lei nº 4.591/64, conhecida também como a “Lei dos Condomínios”, é um marco jurídico que estabeleceu as bases para a constituição e administração de condomínios no Brasil.
Promulgada em dezembro de 1964, essa lei tem sido um pilar fundamental para a regulamentação dos empreendimentos coletivos e a convivência entre os moradores.
Apesar de ser conhecida como a lei dos condomínios, ela foi derrogada em 2003. Isso significa que parte dela foi revogada, mas outras ainda estão em vigor. Assim, o que não é tratado nesta lei, é complementado pelas leis específicas sobre condomínios que constam no código civil brasileiro.
O Código Civil na regulação condominial
O Código Civil brasileiro estabelece as bases gerais para a organização e funcionamento dos condomínios.
Atualmente, há 27 artigos sobre condomínios que abordam temas como a criação de assembleias, eleição de síndico, destituições, obrigatoriedades e responsabilidades dos condôminos e do condomínio, utilização das áreas comuns e áreas privativas, multas entre outros.
O que não está previsto no código civil, pode ser encontrado nos artigos ainda em vigor da Lei 4.591.
Convenção Condominial
A convenção condominial é o documento que dá origem às normas internas do condomínio. Ela é elaborada pelos condôminos e define regras sobre a utilização das áreas comuns, os direitos e deveres dos moradores, as penalidades em caso de descumprimento e outros aspectos importantes.
Ela é fundamental que todos vivam em harmonia, tenham seus direitos garantidos e cumpram suas responsabilidades.
Lei do Silêncio
A “Lei do Silêncio” é um dos temas que mais impacta na convivência dos condomínios e, por isso, é uma parte relevante da legislação. Ela estabelece, por exemplo, limites de horário e o nível de emissão de ruídos que podem perturbar o sossego dos moradores.
O que o condomínio não pode proibir?
Apesar da necessidade de estabelecer regras para garantir a harmonia, o condomínio não pode proibir atividades que são amparadas pela legislação, desde que não causem prejuízos aos demais moradores.
Isso ocorre porque todos têm direito ao uso de sua propriedade privada e isso deve coexistir com a convivência coletiva. Portanto, proibições arbitrárias não são permitidas. Confira alguns exemplos.
Uso de áreas privativas
Dentre as principais leis e normas de condomínio, estão aquelas que regem o uso das áreas privativas. Afinal, os condôminos têm o direito de usufruir de suas propriedades da forma que desejarem, desde que não infrinjam as regras estabelecidas na convenção e nas leis do país.
Animais de estimação
Condomínios não podem proibir a presença de animais de estimação. No entanto, podem regulamentar tamanhos, raças ou número de animais permitidos, bem como estabelecer regras sobre cuidados e comportamento dos animais.
Locação de unidades
A locação de unidades é um direito dos proprietários, desde que observadas as regras estabelecidas na convenção. Apesar do condomínio não poder proibir a locação, ele pode impor normas que regulamentem essa prática, como a apresentação de documentos e a comunicação prévia.
O que é definido pelas leis internas do condomínio?
Além da legislação e normas de condomínio aplicáveis pela justiça, algumas leis internas são elaboradas pelo próprio condomínio. Veja como elas são definidas.
Deliberações em assembleia condominial
As leis internas do condomínio são estabelecidas por meio de deliberações em assembleias condominiais. Nesses encontros, os condôminos têm a oportunidade de discutir e votar sobre questões que impactam na convivência, tais como alterações na convenção, aprovação de obras e definição de regras específicas.
Regulamento interno e suas diretrizes
Além da convenção, o regulamento interno é um documento essencial para o funcionamento do condomínio. Ele detalha regras específicas de convivência, horários de uso das áreas comuns, procedimentos de segurança e outras diretrizes que visam manter a harmonia entre os moradores.
Maioria qualificada para alterações
Mudanças significativas nas leis internas, como modificações na convenção ou no regulamento interno, geralmente exigem uma maioria qualificada dos condôminos em assembleia.
Essa exigência visa garantir que decisões importantes sejam tomadas de forma coletiva e que reflitam o consenso da comunidade condominial.
Autonomia do condomínio
As leis internas têm como propósito adaptar as regras gerais à realidade específica do condomínio e às necessidades de seus moradores.
Isso significa que cada condomínio tem certa autonomia para definir suas próprias normas, desde que não violem as disposições legais e sejam aprovadas democraticamente em assembleia.
Penalidades por descumprimento
As leis internas também estabelecem as penalidades a serem aplicadas em caso de descumprimento das normas. Elas variam de acordo com a gravidade da infração e podem incluir advertências, multas e até mesmo medidas judiciais em casos extremos.
Arbitragem e solução de conflitos
Em situações de conflito entre condôminos ou quando há dúvidas sobre a interpretação das leis internas, é comum recorrer à arbitragem. A arbitragem é um método alternativo de resolução de conflitos em que um terceiro imparcial auxilia na tomada de decisões e busca a conciliação entre as partes envolvidas.
Atualização e comunicação
As leis internas não são estáticas e podem ser atualizadas conforme as necessidades do condomínio evoluem. Por isso, é fundamental manter os moradores informados sobre eventuais mudanças, seja por meio de comunicados, murais ou aplicativos de comunicação interna.
Leis condominiais e a Holder
A gestão do condomínio também é regida pela legislação e normas e para condomínios. Isso, é essencial para garantir a segurança e transparência das atividades dos síndicos, principalmente no que diz respeito ao financeiro. As normas e leis de compliance, são um exemplo disso.
Neste contexto, a Holder atua como uma parceira do condomínio, auxiliando o síndico em sua gestão financeira de acordo com todas as normas e leis previstas pelo código civil. Além disso, ela é uma empresa regulamentada no mercado financeiro, auditada pela CVM, o que garante a tranquilidade que o condomínio precisa.
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